Capital de giro para micro e pequenas empresas diante da crise
- Yuasa & Fujihara
- 20 de mar. de 2020
- 2 min de leitura

A micro e a pequena empresa vão precisar de maior acesso a crédito para capital de giro para passar pela crise do coronavírus. Com menos canais de financiamento que as médias e grandes empresas, as micro e pequenas empresas estão mais suscetíveis a problemas de liquidez em um cenário de crise de oferta e demanda como o atual. Em fevereiro, cerca de 40% dessas empresas não tinham recursos suficientes para suprir suas necessidades, segundo pesquisa do Simpi, sindicato que reúne o setor em São Paulo. Esse percentual vai aumentar de acordo com o tempo e evolução do coronavírus no Brasil. Precisarão de crédito com mais prazo e melhores condições. O governo do Estado de São Paulo, liberou R$ 225 milhões por meio do Banco do Povo e da Desenvolve SP, e da Caixa, que anunciou R$ 75 bilhões para capital de giro, com taxa de juros de 0,57% ao mês. O Governo de São Paulo anunciou a liberação de R$ 225 milhões para impulsionar a economia de São Paulo e impedir impactos negativos do coronavírus na economia do Estado. O dinheiro extra será aplicado por meio dos programas Banco do Povo e Desenvolve SP, que incentivam o empreendedorismo e à geração de emprego e renda. A linha de microcrédito do Banco do Povo é a mais competitiva e conta com as menores taxas do mercado. O crédito será fundamental para dar fôlego aos negócios e continuar gerando oportunidades e promovendo ações muito importantes nesse momento de alerta econômico. São condições especiais, com taxas de juros menores, prazo maior de carência. Serão R$ 200 milhões em crédito com condições especiais de financiamento para oferecer mais liquidez a empresas paulistas. A Desenvolve SP reduziu a taxa de juros da linha de capital de giro de 1,43% para 1,20% ao mês. O prazo do financiamento subiu de 36 para 42 meses, e a carência foi de três para nove meses. O crédito para projetos de investimento também passou a contar com prazo maior de carência, que subiu de 24 para 36 meses. Nessa modalidade, o prazo de pagamento é de até 120 meses, e a taxa de juros começa em 0,25% ao mês, acrescida da Selic. Os financiamentos de capital de giro estão disponíveis para empresas paulistas com faturamento anual entre R$ 81 mil e R$ 90 milhões. Já os projetos de investimento são destinados a empresas com faturamento de R$ 81 mil até R$ 300 milhões ao ano. Outros R$ 25 milhões serão oferecidos em financiamentos do Banco do Povo, instituição financeira do Governo de São Paulo voltada exclusivamente a micro e pequenos empreendedores. A linha de microcrédito do Banco do Povo, que já é competitiva, terá agora redução da taxa de juros de 1% para 0,35% ao mês. O prazo para pagamento passou de 24 para 36 meses, já incluindo o prazo de carência, que aumentou de 60 para 90 dias. Pedidos de concessão de crédito sem avalista passam de R$ 1 mil para R$ 3 mil. O Banco do Povo financia micros e pequenos negócios formais (MEIs, MEs, LTDAs e EIRELIs) e também microempreendedores urbanos e rurais, inclusive os do setor informal. As linhas de crédito vão até R$ 20 mil.
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